sexta-feira, 24 de junho de 2011

Às mulheres


Perdi meu sono, ou melhor, não tive sono ainda, então me pus a ler. Sempre que perco o sono, me sirvo de uma generosa dose de David Coimbra, Érico Veríssimo, Lya... Alguma coisa leve, como pede a ocasião.
 Pois bem, estou lendo um livro do saudoso, portalegrense, David Coimbra e eis que me deparo com a seguinte passagem:

 "Minha boca. Sei que os homens adoram minha boca. Sei que eles querem beijá-la e mordê-la. Imodestamente. (...)Quando uma mulher alcança essa compreensão, compreende os homens. E os domina. Se quiser transformar um homem em meu escravo, eu o transformo. Basta que nunca me entregue por completo. Basta que mantenha o clima de mistério. Ele não pode saber tudo de mim, ele não pode ter certezas, nem segurança. Ele pode ter meu corpo, nunca minha alma."

Maravilhoso!!
 Nós, homens, de fato, não podemos saber, tampouco queremos saber tudo da mente feminina e aí é que está a graça.
 Mulheres, não se entreguem, não facilitem, não alimentem o total desejo de um homem..
 Ele não quer ganhar antes de lutar, de tentar, e errar, e querer, e querer mais, e querer mais que tudo...
 E se deleitem com as míseras vitórias conquistadas por eles ao longo do tempo.... 
E no final, finjam que a vitória foi deles, que não havia saída... 
mas mantenham o mistério, eles não podem ter certezas..
 A única certeza que podem ter é que valeu a pena lutar... 
que valeu a pena querer... 
que valeu a pena... 
valeu...